VÍDEO: Grupo de 8 orcas com dois filhotes é avistado pela equipe do Instituto Argonauta em Ilhabela

Publicado em 30 de dezembro de 2020

O grupo vem sendo avistado desde domingo em Angra dos Reis/RJ, mas foi nesta quarta, dia 30, que foi visto pela equipe do Instituto Argonauta no lado sul de Ilhabela, litoral norte paulista

A visita desses animais na região é motivada, principalmente, pela busca de alimentos (Créditos: Manuel da Cruz Albaladejo/Instituto Argonauta)

A equipe do Instituto Argonauta para Conservação Costeira e Marinha, através do Projeto de Avistagem de Mamíferos Marinhos, avistou nesta quarta-feira, dia 30, um grupo de 8 orcas (Orcinus orca), entre eles 2 filhotes, no lado sul de Ilhabela, litoral norte paulista, logo após a Ponta da Sela.

De acordo com o biólogo do Argonauta Manuel da Cruz Albaladejo, a instituição já vem acompanhando as informações sobre o grupo de orcas desde domingo, dia 27, quando passaram por Ilha Grande, em Angra dos Reis/RJ. Em seguida tivemos um registro na região da Ilha das Couves em Ubatuba/SP, e no dia 29, na baía de Castelhanos, em Ilhabela.  Foi então que nesta quarta, recebemos informações a partir de um ponto fixo de avistamento do grupo, no costão dos Borrifos, no sul da Ilha. “O VIVA Baleias, Golfinhos nos informou sobre o avistamento nesse ponto, e foi então que conseguimos localizá-las”, detalhou o biólogo.

O biólogo ainda explicou que os dois filhotes que foram avistados estavam se alimentando de uma raia borboleta, o que indica que esses animais estão na região se alimentando. Infelizmente, uma das orcas estava com dois ferimentos: um após a nadadeira dorsal e outro próximo ao pedúnculo caudal, o que pode ser um indicativo de colisão com embarcação ou com redes.

Uma das orcas estava com dois ferimentos que podem ser indicativos de colisão com embarcação ou com redes (Créditos: Manuel da Cruz Albaladejo/Instituto Argonauta)

A bióloga Carla Beatriz Barbosa, que compõe a diretoria do Instituto Argonauta, explica que as Orcas não são baleias, e que na verdade pertencem à família dos golfinhos. Destaca que não são assassinas, e que na verdade são exímias caçadoras. “Elas se alimentam de peixes, tartarugas, focas, tubarões e até animais maiores, como as baleias, quando caçam em grupo”, detalhou. Carla Barbosa também reforça que o Projeto de Avistagem de Mamíferos Marinhos é um projeto desenvolvido pelo Instituto Argonauta na região.

Presidente do Instituto Argonauta, o oceanógrafo Hugo Gallo Neto ressalta que as Orcas são “animais maravilhosos e que visitam a região todos os anos”. No entanto, ele manda um aviso aos navegantes. “É importante lembrar aos marinheiros e mestres de embarcações na região que a aproximação a menos de 100 metros de qualquer cetáceo com o motor ligado é infração, de acordo com a portaria número 117/96 do IBAMA”, finaliza.

O oceanógrafo lembra que, para a segurança de pessoas e dos animais, deve ser respeitada pelos navegantes e mergulhadores o disposto na PORTARIA IBAMA N° 117, 26 DE DEZEMBRO DE 1996, que proíbe para todas as embarcações navegando em águas jurisdicionais brasileiras, os seguintes pontos:

a) aproximar-se de qualquer espécie de Baleia e Golfinho com motor ligado a menos de 100m de distância do animal mais próximo;

b) religar o motor antes de avistar claramente os animais na superfície ou a uma distância de, no mínimo, de 50m da embarcação;

c) perseguir, com motor ligado, qualquer cetáceo por mais de 30 minutos, ainda que respeitadas as distâncias supra estipuladas;

d) interromper o curso de deslocamento de cetáceo (s) de qualquer espécie ou tentar alterar ou dirigir esse curso;

e) penetrar intencionalmente em grupos de cetáceos de qualquer espécie, dividindo-o ou dispersando-o;

f) produzir ruídos excessivos, tais como música, percussão de qualquer tipo, ou outros, além daqueles gerados pela operação normal da embarcação, a menos de 300m de qualquer cetáceo;

g) despejar qualquer tipo de detrito, substância ou material a menos de 500m de qualquer cetáceo, observadas as demais proibições de despejos de poluentes em Lei.

O artigo 3º da Portaria ainda veda “a prática de mergulho ou natação, com ou sem auxílio de equipamentos, a uma distância inferior a 50m de baleia ou golfinho de qualquer espécie”.

Cartaz de orientação aos navegantes em como proceder ao encontrar animais marinhos durante a navegação, trazendo recomendações especialmente aos cetáceos (mais conhecidos como baleias e golfinhos), (Créditos: Divulgação/Instituto Argonauta)

Confira o álbum completo de imagens do grupo de Orcas acessando o link: https://flic.kr/s/aHsmThA6SR

Sobre o Instituto Argonauta
O @institutoargonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial a conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades.

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Confira o vídeo do avistamento do grupo de Orcas logo abaixo: