Um dos projetos desenvolvidos pelo Instituto Argonauta conhecido como Avistagem de Mamíferos Marinhos Argonauta (AMMA) tem como objetivo implementar ações de conservação para os cetáceos que usufruem da nossa região, do litoral norte do estado de São Paulo, (Ubatuba, Caraguatatuba, Ilhabela e São Sebastião).
Em nosso litoral norte ocorrem diversas espécies de cetáceos, como a Toninha (Pontoporia blainville) e boto-cinza (Sotalia Guianensis), sendo que outras utilizam nossa costa sazonalmente, principalmente as baleias e os golfinhos com hábitos oceânicos.
Muitos desses animais estão classificados na lista de Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção da IUCN como “dados deficientes” e precisam de estudos que tragam subsídios para entender o nível de conservação das espécies.
Grande parte do território marinho do litoral Norte está inserido na Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha do Litoral Norte, principalmente as águas mais costeiras. Isso favorece a implementação de ações de conservação para os cetáceos que utilizam nossa região. Essas ações são de extrema importância, uma vez que são diversas as atividades econômicas da região que podem impactar direta ou indiretamente na preservação dos cetáceos.
O Avistamento é realizado semanalmente de duas formas:
Avistagem de Cetáceos Embarcado
Durante a avistagem embarcado, dois técnicos com auxílio de binóculos, observam o mar, 90 graus, cada um para um lado. Quando é avistado um cetáceo são feitas fotos para identificação da espécie, fotos das nadadeiras dorsais e marcas que possam identificar os indivíduos (foto-identificação), observação e registro dos diferentes comportamentos, interação com aves, interação com barcos de pesca e registros de parâmetros ambientais dos locais, como por exemplo, vento, condição do mar, transparência da água, entre outros.
Avistagem de Cetáceos em Ponto Fixo
Avistagem em ponto-fixo consiste em observar cetáceos de locais estratégicos que permitem uma boa visualização para contar o número de indivíduos, identificar diferentes comportamentos, entre outros.
Deste projeto é feito um catálogo de espécies e indivíduos que são registrados fotograficamente.
De 2015 até hoje temos mais de 1000 registros de cerca de 15 espécies diferentes de mamíferos marinhos na região