INSTITUTO ARGONAUTA REALIZA A SOLTURA DE UM ATOBÁ

Publicado em 4 de abril de 2019

Atobá-pardo é solto na praia do Perequê-açu, em Ubatuba após 25 dias de reabilitação. “O animal reagiu bem ao tratamento e o que era para ser um treino de voo se tornou em uma soltura definitiva do animal”, afirmou o veterinário Pedro Bruno.
Uma ave da espécie conhecida por Atobá-Pardo, Sula leucogaster, foi devolvida à natureza nesta terça-feira, 02, na praia do Perequê-açu, em frente ao Centro de Reabilitação do Instituto Argonauta, em Ubatuba.
Esta ave marinha foi resgatada no dia 08 de março, na Praia do Romance, em Caraguatatuba durante a operação de monitoramento de praia. Após estabilizado na base do Instituto Argonauta em São Sebastião, foi transferido no último dia 12 de março para o CReD (Centro de Reabilitação e Despetrolização) do Instituto Argonauta, em Ubatuba, onde foi dado continuidade ao tratamento.
O paciente passou por diversos exames, explica o veterinário do Instituto Argonauta, Pedro Bruno. Entre eles, uma radiografia que descartou a possibilidade de luxação e após 25 dias em recuperação apresentou-se apto para soltura, o que ocorreu na manhã desta terça-feira.
“O que seria um treino de voo em frente ao Centro do Instituto Argonauta na Praia do Perequê-açu se tornou em uma soltura definitiva do animal. O atobá voou perfeitamente em direção a alto mar”, explicou ele.
Segundo o Diretor Presidente do Instituto, o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, esta ave é encontrada em abundância e se reproduz no arquipélago de Alcatrazes, no litoral Norte de São Paulo, e a provável causa de seu ferimento pode ter sido um mergulho para se alimentar e ter deslocada a asa no choque com a água.
Segundo ele, “a recuperação e a soltura de um animal é a melhor parte do processo, que deixa a equipe com a sensação de dever cumprido” e recomenda que ao encontrar um animal marinho debilitado, o ideal é não se aproximar, pois, dependendo da espécie, pode se tornar agressivo caso se sinta ameaçado.
Caso aviste um animal marinho vivo debilitado ou morto, ligue no: 0800 642 3341 ou (whatsapp) 12 99705.6506.
Sobre o Instituto Argonauta
O Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha é uma organização não governamental sem fins lucrativos fundada em 1998 pela diretoria do Aquário de Ubatuba e atua em projetos de resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, além de executar o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BS) no litoral Norte de São Paulo.
Sobre o PMP-BS
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. A Fase 1 do projeto é coordenada pela Univali, e executada pelo Instituto Argonauta na região do litoral Norte paulista.
Para ajudar nesse trabalho de encalhes de aves, mamíferos ou tartarugas marinhas ligue para o PMP-BS 0800-6423341 ou diretamente para o Instituto Argonauta: (12)3833-4863 / (12)3834-1382 (Aquário de Ubatuba) / (12) 38335753 / (12) 99705-6506 – WhatsApp.
Conheça nosso trabalho
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